Sunday, July 4, 2010

Pedindo ajuda aos Deuses



Esta semana, por razões muito específicas, vi-me bastante dividido. Por as coisas estarem a assumir proporções que não conseguia dominar mentalmente, decidi pedir ajuda aos Deuses. Segue o relato.

(primeira dose de Salvia)
Lembro-me de sentir-me em estado de OBE com vários pensamentos sobre a existência. Nisto, senti que o foco de concentração é realmente entre os olhos mas o "segredo" não é imaginar que queremos "sair", nem sequer pensar sobre isso; é sim projectar essa intenção, sem pensar, nesse ponto entre os olhos.
Penso que este sonho foi uma iniciação para o seguinte, por forma a que conseguísse obter a resposta à pergunta que me assombrava a mente. É interessante que com a ajuda da pastora consegui iniciar-me e depois obter do meu inconsciente a resposta que, conscientemenet, não possuía.




(segunda dose de Salvia)
Sentia-me num sítio apertado - não tinha noção da terceira dimensão - em tons de verde escuro. Parecia haver troncos ou ramos grossos.
Ouvia: "Quem é a Carla? Quem é a Patrícia?" Ao mesmo tempo que ouvia, sentia que - telepáticamente - estava a tentar perguntar sobre essas duas pessoas. Ao ouvir as vozes dizerem "Quem é Carla? Quem é a Patrícia?" sentia que a resposta era irrelevante, como se àquele nível (o da minha consciencia naquele momento) elas não existissem.
Depois, apesar de não me ouvir com a minha própria voz, perguntava-me "Mas quem sou eu? Quem sou eu? Quem sou eu? Quem sou eu?", ao mesmo tempo que sentia um vazio identico ao que tinha sentido aquando das outras perguntas. Ainda em profunda OBE, completamente apagado para o mundo, fui recuperando a minha consciencia habitual, apesar da voz do meu pensamento continuar a não ser a minha.




(experiência posterior à Salvia)
Esta experiência voltou a fazer com que visse a minha vida com algum distanciamento/desapego e a relativizar tudo o que acontece. Quando vivemos viciados nas pessoas e nas circunstancias, para além de não conseguirmos aceitá-las tal como são, não conseguimos realmente abraçar a vida. Apenas quando estamos desapegados das circunstancias podemos realmente dedicar-nos aos outros de forma altruista e, a um nível mais elevado, percepcionar as coisas como realmente são.

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