Friday, July 31, 2009

Dois novos contribuídores



Alo companheiros,
É com enorme prazer que apresento-vos dois novos contribuídores para o meu blog: a Lumenamena e o Gabriel Kun.
Em traços gerais (até porque eles é que vão defini-los) a Lumena dedicar-se-á a reunir relatos sobre sonhos lúcidos. O Gabriel irá criar uma nova secção no blog (a par dos sonhos lúcidos e ayahuasca trips) sobre o Chi, Psi Chi, Chakras e assuntos relacionados.
Tudo isto para dizer que se consideravam que o blog já não era completamente desprovido de interesse, agora vai sofrer um aumento significativo de qualidade!


Abraços,
Richard

Saturday, July 25, 2009

Experiência marcante nos sonhos lúcidos

Olá,
Para aqueles que já tiveram sonhos lúcidos, pergunto qual foi o momento, parte ou acontecimento mais marcante num sonho lúcido?
Especialmente para os aspirantes a sonhadores lúcidos, pergunto qual é o objectivo de virem a ter sonhos lúcidos?

Sonhos lúcidos: noções básicas e a serotonina



Como já foi amplamente escrito, por sonhos lúcidos podemos entender o acto de sonhar de forma consciente, isto é, sabemos que estamos a sonhar mas mesmo assim não acordamos.
O nosso cérebro tem um neurotransmissor chamado serotonina que tem como função fundamental "a percepção e avaliação do meio que rodeia o ser humano, e a capacidade de resposta aos estímulos ambientais." Os níveis correctos de serotonina no cérebro faz com que tenhamos saúde mental. Por sua vez, níveis baixos desta molécula causa depressão e níveis exageradamente altos provoca doenças como a esquizofrenia, paranoida, etc.
Os níveis de serotonina são normalmente aumentados com o sono normal, mas o denonimado REM sleep (Rapid Eye Movement sleep: o tipo de sonhos com forte componente visual) tende a diminuir drásticamente os níveis desta molécula no cérebro.



O que tens isto que ver com os sonhos lúcidos? Os sonhos lúcidos consistem num conjunto de técnicas que procuram estimular e aumentar os sonhos do tipo REM e, por conseguinte, diminuem os níveis de serotonina no cérebro.
Recapitulando os conceitos básicos, um sonho lúcido ocorre normalmente dentro de um ciclo de sonho REM, em que o sonhador toma consciência que está a sonhar mas que continua no estado de sonho. Este tipo de sonhos distinguem-se perfeitamente dos restantes, uma vez que:

* O sonho lúcido fica gravado na nossa memória de uma forma muito mais intensa;
* Parece ser muito mais realista;
* O sonhador tem a convicção que é uma personagem activa no sonho, em vez de ser um espectador passivo como acontece nos sonhos normais;
* O sonhador pode ainda despoletar todo o tipo de acções conforme a sua vontade;
* O sonhador é capaz de afectar o cenário e o conteudo do sonho através de um esforço de concentração;
* O sonhador pode ainda definir a forma como interage com o próprio sonho, incluindo acções ditas impossíveis na nossa realidade do dia-a-dia, como sendo: mudar a forma do corpo, passar através de objectos sólidos, levitar, voar pelo espaço, teleportar-se, viajar no tempo, etc.

As razões principais para que um sonho lúcido não corresponda ás nossas expectativas, são:
* Falta de experiência em sonhos lúcidos;
* Falta de prática;
* Falha na observação de uma ou mais regras ou principios básicos;
* Algo no nosso inconsciente que está a afectar o conteudo dos nossos sonhos;
A solução para as duas primeiras razões é trivial. A solução para a terceira razão aponta para um comportamento por parte do sonhador lúcido idêntico à forma como um cientista trata a sua experiência: devemos tentar identificar o que correu mal, tomar nota disso, repetir o exercicio desta vez de forma rectificada. Para isto será fundamental o uso de um diário de sonhos, como já foi explicado noutro artigo, e será abordado futuramente em detalhe.
A solução para o ultimo tópico é mais complicada, mas poderá vir do próprio sonho. Por vezes é obvio que algo está errado, porque seja a afectar directamente o sonho. Outras vezes, o motivo permanece escondido. Aqui é-nos sugerido que nos tornemos familiarizados com a Psicologia e com a Psicanalise.

Nos próximos artigos serão descritas de forma objectiva e detalhada algumas técnicas usadas para ter sonhos lúcidos. Até lá, podem ver a série de links (textos, videos e documentários) que disponibilizei no blog, ou ler a obra na qual vou basear-me para continuar a escrever.

Friday, July 24, 2009

A Constituíção Oculta do Homem



Os posts seguintes serão sobre sonhos lúcidos se bem que com maior pormenor do que tratado anteriormente. Depois, seguir-se-ão alguns posts sobre OBEs (out-of-body experiences) mas, para perceber isto tudo, temos que conhecer a constituíção oculta do Homem; e é precisamente esse o tema para hoje.

As antigas tradições afirmam que o Homem é constituído por sete veículos internos, desde o mais físico até ao mais sublime e altamente mistérico. Estes veículos não estaríam isolados uns dos outros, antes interpenetravam-se de formas que não fazem parte do ambito deste post.
Estes sete veículos eram agrupados em dois conjuntos: um, de características temporais, formando a personalidade e o outro, intemporal, formando a essência divina do Homem.
O primeiro veículo é o etéreo-físico. Os antigos Hindus chamavam-no de Stula Sharira e basicamente consiste no nosso corpo físicoe na força que o mantém unido segundo uma forma determinada.
Segue-se o veículo energético, denominado de Prana Sharira. Basicamente, corresponde a um estado vibratório mais elevado que penetra o corpo físico. Algumas tradições chamam-no de duplo luminoso ou magnético. É, em poucas palavras, a nossa vitalidade.
O terceiro veículo inclui as nossas emoções, sendo a nossa componente psiquica. Trata-se do nosso veículo emocional, ou Linga Sharira como os antigos Hindus chamavam-lhe.
Fechando o quaternário da personalidade encontra-se a nossa mente egoista de desejos, ou Kama Manas sendo este o nosso quarto veículo. O veículo kamamanásico é hoje em dia denominado de Ego.
A tríade superior do Homem engloba o quinto veículo, ou Manas, que consiste na mente pura, não egoísta, que se reflecte no exterior como uma actitude altruísta e de acção desinteressada. É, por natureza, a mente do verdadeiro filósofo.
O sexto veículo é o caminho da intuíção, ou Budhi, através do qual se capta a Verdade de forma directa. Como é obvio, pouco ou nada se sabe sobre este veículo.
Sobre o sétimo ou Atma ainda se sabe menos. Consiste na Vontade suprema, no Espírito, o veículo que tem o tamanho dos Deuses.
Meditar sobre a consituíção oculta do Homem reveste-se de uma importância impar tanto para as questões do dia-a-dia, uma vez que começamos a perceber melhor de onde vêm as nossas acções e reacções, tal como para temas mais ocultos como sendo os "desdobramentos" ou OBEs. Este artigo ajudar-nos-á a perceber onde se encaixam os sonhos lúcidos e os vários tipos de OBEs, tal como a identificar em cada experiência qual o subcorpo, ou veículo, que estamos a usar.

Thursday, July 23, 2009

Uma experiência com Ayahuasca (2ª parte)

(reedição do artigo "Uma experiência com Ayahuasca (2ª parte)")




Relembro que estes dois posts vão no seguimento de um anterior sobre a planta em si. A fonte também é a mesma.

"Mas havia algo dentro de mim que sabia que aquilo não era o fim, nem muito menos o meu fim. (...) A experiência durou bastante mais tempo, e era como se eu estivesse a fazer uma viagem por um mundo completamente desconhecido, mas nada daquilo me pareciam alucinações, parecia-me antes um mundo alternativo, paralelo ao nosso e bem real.
É como se a minha consciência se tivesse aberto como um leque e, como esse leque aberto, existisse uma infinidade de mundos ao qual eu tivesse acesso. Tudo parecia dinâmico dentro de mim, tudo fluía, tudo ondulava. Eu senti que interiormente tinha feito um looping.
Fui ouvindo as seguintes mensagens: "Nós somos tão pequeninos; isto é completamente diferente de tudo o que já vivi até agora; é neste mundo que se pode explicar a física quântica."
De facto, com esta experiência tive a percepção de que existem mundos paralelos a este. Eu não tive alucinações, tudo me pareceu bastante real. Só que nós desconhecemos e negamos tudo isto porque simplesmente não vemos. Mas eles estão lá. Sempre. É como se me tivesse aproximado da matriz. Da matriz existencial. Da matriz da vida."


E pronto, fica aqui registada mais uma experiência por reinos por nós (habitualmente) desconhecidos.

Uma experiência com Ayahuasca

(reedição do artigo "Uma experiência com Ayahuasca")



O post será no seguimento de um anterior sobre a planta em si. A fonte também é a mesma.
"Ao fim de aproximadamente uma hora e da segunda dose, é que comecei a sentir os efeitos da Ayahuasca. Senti-me sem muita força, uma enorme leveza transformava-me em água. Entretanto comecei a ver algumas imagens geométricas, mas não muito claras, de cor verde e vermelha, que pareciam pequenos vórtices. (...) A experiência começou quando visualizei umas figuras geométricas, umas cilíndricas, outras circulares. Todas se pareciam mover. Era como se eu tivesse entrado num mundo psicadélico, com várias cores, mas as predominantes eram o verde e o vermelho. Eu navegava naquele mundo, como se me pertencesse. Parecia um mundo psicadélico a três dimensões, muito semelhante às pinturas que os xamãs fazem e elaboram nos seus tecidos. (...)
É de salientar também que a mensagem inicial que tive foi: << Não tenhas medo; não é preciso ter medo; ter medo de quê?>>, como se uma voz estivesse a falar comigo. (...) Entretanto, os efeitos começaram outra vez, mas desta vez bem mais fortes que no início. Visualizei uma cama de trapézio a 3D, como se fosse uma matriz, ou uma representação de um buraco negro da física, e aí percebi claramente que se tratava da morte. Não é que eu tivesse visto a forma como iria morrer, apenas percebi que aquela situação era a morte. A vivência da morte. No entanto, não me assustei. Foi uma sensação de que tudo ia acabar."

(Continua numa próxima ocasisão...)

Wednesday, July 22, 2009

Ayahuasca, a Trepadeira das Almas

(reedição do artigo "Ayahuasca, a Trepadeira das Almas")



A Ayahusca é uma bebida psicoactiva consumida em toda a região amazónica. É a combinação de duas palavras quechua, a lingua dos índios da montanha, no Peru, e significa "a trepadeira dos mortos ou espíritos".
As lendas dos Índios dizem que as plantas de poder nos foram deixadas por deuses para aprendermos a ser humanos. A Ayahuasca é bebida em chá, com Chacrona, e provoca uma hiperconsciência em quem a ingere. Bebida suprema de anti-oxidantes, é também um agente de cura para doenças terminais, rejuvenescedora e desintoxicante natural. Tem sido usada desde sempre no processo de tomada de decisões numa tribo, para localizar a caça, ver lugares distantes e prever o futuro. O xamã de hoje usa-a para ver a constituíção interna dos pacientes, fazer o seu diagnóstico, e entrar em contacto com seres e guias que lhe passam informação sobre o tratamento adequado.
A Ayahusca ou Benisteriópsis é uma trepadeira. As suas folhas e tronco contêm níveis elevados de betacarbolinas ou alcalóides de harmala. O consumo de Benisteriópsis sozinha resulta numa certa ebriedade, sem visões. Esta planta é misturada com Chacrona, cujas folhas bem características apresentam, no dorso, alguns "nós" no centro.
A Chacrona contém DMT (dimetiltriptamina), alucinogénico poderoso que acelera a activação dos neurotransmissores de serotonina. Quando ingerido oralmente, o DMT é desactivado pelo MAO (monoamino-oxidase). Com Banisteriópsis, o processo é invertido, com uma desactivação dos inibidores da MAO. A serotonina participa em vários aspectos das funções cógnitivas superiores, como o planeamento e tomada de decisões. É o neurotransmissor dos neurónios que transmite as sensações de dor e induz o sono. A partir da serotonina metaboliza-se a melatonina, outro neurotransmissor sofisticado, que regula o relógio biológico, os ritmos circadianos e a fisiologia da retina. A glândula pineal actua como transmissora, transformando sinais luminosos em sinais hormonais. Em suma, a serotonina é uma espécie de filtro de percepções.
É importante não esquecer que as drogas em geral adormecem o cérebro, são narcóticos. As plantas mestras, pelo contrário, levam o cérebro ao seu potencial máximo, iluminando todos os recantos, abrindo todas as gavetas da alma.

Num futuro artigo transcreverei alguns depoimentos concretos sobre experiências em estados alterados de consciência.

Fonte: "Ayahusca - O caminho da alma", Géraldine Correia, Pergaminho.

Tuesday, July 21, 2009

A enigmática Arte do Paleolítico (2ª parte)

As representações deste período podem consistir em seres meio humanos, meio animais ou completamente animais. Certos seres antropomórficos são por vezes representados empalados em lanças, quando se estavam a transformar em animais, como sendo as figuras da caverna de Cougnac ou Gabillou na França, Mutoko ou Makoni no Zimbabwe. É também comum ver animais que se transformam em outros animais, ou seres híbridos compostos por duas ou mais espécies. A representação denominada de Karoo, na Caverna do Céu sul africana, ou a Agnus Dei em Pair-non-Pair, França, entre muitas outras, apresentam-nos animais distorcidos ou completamente desconhecidos pela nossa ciência. Talvez as representações mais enigmáticas deste tipo estejam na gruta francesa de Cedarberg. Existem ainda padrões geométricos em enumeros locais, como sendo nas cavernas de El Castillo e La Pasiega em Altamira, Espanha.
A parede das rochas é usada de forma dinâmica e permeável. Ao contrário do que nos habituamos a ver, quer seja num alto relevo egípcio, num fresco renascentista, numa tela do expressionismo, a parede das grutas tinham um papel central na composição, participando directamente na composição artística. É normal serem usadas escoriações naturais para enquadrar animais, buracos para representar o ventre de uma mulher como em Gxalingenwa no ZwaZulu-Natal ou no Elephant Hult shelter em Western Cape, etc. Em muitas das representações a própria estrutura natural da rocha chega a dar uma dimensão sobrenatural á composição, na medida em que o próprio animal parece sair da rocha. As cavernas francesas de Chauvet, Rouffignac e de Lascaux são bons exemplos disso mesmo.



(figura 1 – cavalos na gruta de Chauvet, França)

O que dizer da composição presente na chamada La Chaire á Calvin, em que são representados dois cavalos no acto de procriação e que, atravessando uma zona rugosa da parede, transformam-se em golfinhos antes de voltarem a desaparecer na escuridão da rocha?
Ao analisarmos este tipo de representação sentimo-nos noutra realidade, composta por outros habitantes, outros animais, seres híbridos ou até de monstros que, presentes do outro lado da rocha, chegam até nós através da magia.
Que significado mágico ou religioso terão estas composições? O que nos estarão a dizer estes homens das cavernas, que de primitivos parecem ter tanto como nós? Talvez nunca chegaremos a saber.

Monday, July 20, 2009

A enigmática Arte do Paleolítico

O alto Paleolítico europeu e sul-africano consistirá por ventura num dos períodos mais enigmáticos da História da Arte.
A avaliar pela pouca matéria orgânica encontrada nestas grutas, hoje sabe-se que estes locais eram raramente visitados. Sendo assim, eram considerados locais de sagrados, onde se realizam rituais específicos.
As representações deste período dividem-se em duas grandes categorias. Uma delas representa realisticamente animais e cenas de caça, a outra é totalmente desprovida de linhas de horizonte ou até mesmo de superfície de apoio ás figuras, dando a sensação que se encontram em levitação sem aparente direcção. É este segundo tipo de representação que pretendemos explorar no presente artigo.
Este tipo de representações obedece a um padrão que é idêntico por toda a Europa mas também pelo Sul de África. Com isto não pretendemos dizer que a Arte deste período é idêntica nos dois continentes. Na Europa, este tipo de representação acabou á cerca de 12 mil anos, ao passo que em África ainda á 100 anos era praticada. As composições no velho continente encontram-se principalmente em cavernas subterrâneas, ao contrário das sul africanas que se encontram em cavernas relativamente acessíveis.
Em ambas as regiões as representações têm uma escala aparentemente irrealista, sendo usual vermos, por exemplo, figuras humanas maiores do que os elefantes. Outro símbolo a ter em conta será a enorme quantidade de mãos pintadas nas paredes das grutas, á partida, sem nenhum enquadramento com o resto da composição. Outra obsessão desta altura é a imposição de várias figuras umas por cima das outras, ocultando parcialmente as anteriores, como em Cougnac. Parece-nos ainda evidente que havia uma selectividade bastante especifica nos animais a representar, dependendo da zona onde iriam ser retratados, ao passo que outros animais que também habitavam essa zona eram deliberadamente postos de parte. É também comum ver representações da Deusa Vénus, símbolo da fertilidade.



(Figura 1 – Vénus de Cussac, França)


(Figura 2 – Mutoko, Zimbabwe)

(Continua amanhã à mesma hora de hoje)

Alex Grey - Chapel of Sacred Mirrors

Deixo-vos com os links para um filme/documentário absolutamente fora de série.
O documentário chama-se "Chapel of Sacred Mirrors" do inspiradíssimo Alex Grey.

Link 1
Link 2
Link 3
Link 4
Link 5
Link 6
Link 7
Link 8

Sunday, July 12, 2009

Crise: evoluir ou morrer



O que motivará a evolução? Será que tudo evoluiu progressivamente ou a evolução é motivada por momentos de crise? Será uma mistura de ambos? Deixo-vos um excerto do livro "Um Novo Mundo" de Eckhart Tolle.
"Crê-se que as formas de vida existentes no nosso planeta começaram a desenvolver-se no mar. Ainda não era possível encontrar animais em terra, já o mar fervilhava de vida. Chegou-se então a uma altura em que uma das criaturas marinhas deve ter começado a aventurar-se em terra. Talvez tenha rastejado primeiro alguns metros, cansando-se demasiado devido à atracção gravitacional do planeta, e tendo regressado à água, onde a gravidade é praticamente nula e onde era mais fácil viver. Este processo foi repetido vezes sem conta e, passado bastante tempo, a criatura conseguiu adaptar-se à vida em terra, desenvolvendo pés no lugar de barbatanas e pulmões em vez de guelras. Parece pouco provável uma espécie aventurar-se desta forma num ambiente desconhecido e sofrer uma transformação evolucionária, a não ser que se tenha sentido obrigada a fazê-lo devido a uma situação de crise. Pode ter sido resultado de uma vasta porção de mar que tenha diminuído ao longo de milhares de anos, forçando os peixes a deixar o seu habitat e a evoluir."

Saturday, July 11, 2009

Post noticioso



* Terá Galileu observado Neptuno 234 anos antes da sua descoberta oficial?

* Provas científicas da reencarnação.

* Stephen Hawking diz que o Homem entrou num novo estado evolutivo.

* Sete animais que decidiram o curso da História.

* Os Russos chegaram à Lua antes dos Americanos.

* Artigo interessante sobre os "tubos de luz" de Denderah. Link aqui.

Monday, July 6, 2009

Iniciação acordada em sonhos lúcidos (em pormenor)



A técnica descrita anteriormente pode levar a ter uma projecção astral, embora não seja esse o objectivo. Em teoria, os sonhos lúcidos já são projecções astrais mas ainda existe um véu de "sonho". Falando por experiencia própria, é muito fácil passar de um sonho lúcido para uma projecção astral, mas isso será tema para os futuros posts.
Uma das principais barreiras para praticar esta técnica é o medo. É normal a pessoa pensar que pode morrer (uma vez que o mais certo é haver uma verdadeira projecção astral) ou ficar com algum tipo de lesão, mas nada poderia estar mais longe da verdade.
O primeiro passo consiste em relaxar o corpo e a mente. É sugerido que estejamos com os musculos descontraídos e respirar profundamente pela boca. O segundo passo consiste em identificar e controlar o estado hipnagógico. Se nos deitarmos de barriga para cima deixando um braço levantado (apoiado na cama pelo cotovelo) conseguimos saber quando estamos a atingir este estado assim que o braço cair. Também podemos identificar esse estado intermédio entre o estado de acordado e o de sono, se começarmos a visualizar uma série de imagens sem nossa intenção. É-nos dito que devemos ver estas imagens de forma passiva, para controlarmos o estado hipnagógico.
De seguida devemos aprofundar este estado. Começamos por esvaziar a nossa mente e observar o nosso campo de visão com os olhos fechados. Não devemos fazer mais nada por alguns minutos. Devemos simplesmente olhar para a imensa escuridão, de olhos fechados, que se coloca à nossa frente. Aos poucos, começamos a notar padrões de luz que basicamente consistem em descargas do nosso cérebro. Quando esses padrões de luz desaparecerem, atingimos o próximo estado.
Talvez não seja má ideia desconcentrarmo-nos por instantes de forma propositada. Na minha opinião isso ajuda a interiorizarmos que podemos voltar para tras sem qualquer prejuízo. Só assim perdemos o medo e decidimos realmente seguir em frente.
A partir daqui devemos entrar num estado ainda maior de relaxamento, o que levará a que perdamos toda a consciência sobre o nosso corpo físico e sobre os estimulos sensoriais. Entramos numa condição em que a unica fonte de estimulo serão os nossos próprios pensamentos.

O resto da jornada ficará para outro post. :)

Sunday, July 5, 2009

Iniciação acordada em sonhos lúcidos


A ultima técnica que vou descrever tem o nome de "iniciação acordada em sonhos lúcidos". Praticamente todos os dias tento aplicar esta técnica e os resultados são (para o meu actual estado de evolução) mistéricos.
Do inglês wake-initiation of lucid dreams, esta técnica ocorre quando o sonhador entra num ciclo de sono REM sem ter perdido a consciencia; ou seja, entra directamente no estado de sonho a partir do estado de acordado. Existem enumeros métodos para induzir WILDs mas o elemento chave é conhecer o estado hipnagógico que é a fronteira entre estar acordado e estar a dormir. Se a pessoa conseguir estar consciente durante este estado, é altamente provavel que entre no estado de sonho de forma consciente.
Existem alturas em que se torna mais facil de aplicar este método. Recomenda-se que se tente depois de ter dormido de três a sete horas, ou durante uma sesta. O truque é tentar manter a mente ocupada enquanto o corpo relaxa. Para isso, podemos contar, imaginar que estamos a subir uma escadaria, focar a nossa atenção num simbolo, etc.
A meu ver, um dos contras desta técnica é que enquanto transitamos para o estado de sonho podemos experienciar o que normalmente chama-se de paralesia do sono (lembram-se do post que escrevi sobre isto no outro blog? Pois, já naquela altura andava de volta disto). O sintoma mais óbvio da paralesia do sono é não conseguirmos mexer o corpo, mas também podem surgir outros, entre eles: vibrações rápidas, ouvir sons bastante altos ou sentir que fomos arranjados para outro tipo de consciencia corporal. Se já tiverem lido relatos sobre as primeiras experiencias com Ayahuasca ou Iboga, sabem que as experiencias são em tudo idênticas com isto.
Os relatos deste estado intermédio entre o acordado e o sonho é diverso e interessante. Algumas pessoas dizem sentir algo idêntico a como se estivessem a passar da água para o ar. Outras dizem que conseguem ver uma sequência de imagens bastante real, e ainda outras dizem ter experiências como se estivessem fora do corpo. Mais à frente vou explorar a ligação entre esta técnica de sonhos lúcidos e as experiências extra-corporais.
O próximo post será uma descrição mais exaustiva e bastante mais exacta sobre este tipo de técnica.

Saturday, July 4, 2009

Técnicas de sonhos lúcidos: "acordar e voltar para a cama" e "técnica de ajuste do ciclo (de sono)"



Outra das técnicas mais conhecidas para induzir sonhos lúcidos é chamada de "acordar e voltar para a cama" e, basicamente, é mesmo nisso que a técnica consiste.
É considerado como sendo o método mais simples para induzir sonhos lúcidos. Pessoalmente, dedico-me a este método ao fim de semana onde é mais fácil de aplicá-lo. O método sugere deitarmo-nos cansados e acordar passadas cinco ou seis horas. Depois devemos ficar acordados cerca de uma hora focando todos os nossos pensamentos em sonhos lúcidos. Depois voltamos para a cama e praticamos o método descrito no post anterior.
Algumas pesquisas apontam para uma taxa de sucesso à volta dos 60% usando esta técnica para induzir sonhos lúcidos. Isto tem a ver com o facto dos ciclos REM (serão explicados num futuro post) tornarem-se cada vez maiores com o passar da noite, sendo que esta técnica tira proveiro do melhor ciclo REM da noite.
Este método tem uma nítida vantagem sobre os anteriores, pelo menos de acordo com a minha própria experiência pessoal. Torna-se bastante simples de lembrarmo-nos de enumeros sonhos tidos na mesma noite, e isso é, como vimos anteriormente, um passo importantíssimo para conseguir ter sonhos lúcidos.
Existe uma variante desta técnica denominada de "técnica de ajuste do ciclo (de sono)". Basicamente o objectivo deste método é induzir maior lucidez na ultima parte do sono. O primeiro passo é passar cerca de uma semana acordando noventa minutos mais cedo do que o habitual até o ciclo de sono começar naturalmente a ajustar-se. Depois de termos conseguido ajustar o ciclo de sono, alternamos diariamente entre a antiga hora de acordar e a nova. Nos dias em que acordamos à hora normal, o corpo está pronto para acordar e aumenta a capacidade de alerta, tornando os sonhos lucidos mais provaveis. Existe ainda uma variante desta técnica que diz que a pessoa deve acordar mais cedo do que o normal e voltar rapidamente para a cama.
Nos futuros posts vou abordar mais uma ou duas técnicas para obter sonhos lúcidos e ainda alguns "testes de realidade". Fiquem por cá.

Friday, July 3, 2009

Sonhos lúcidos: recordação dos sonhos e indução mnemónica



Existem variadíssimas técnicas para induzir sonhos lúcidos. Embora a mesma pessoa possa tentar várias, cada uma adapta-se a um tipo diferente de pessoa. Alguém que já tenha algum nível de consciencia provavelmente tentará a técnica que induz a adormecer consciente, ao passo que uma pessoa mais ligada à devoção tentará técnicas de auto-sugestão.
A técnica de relembrar os sonhos é, na minha opinião, um pré-requisito e não uma técnica própriamente dita. Ajuda a aumentar o nivel de consciencia nos sonhos acabando por despoletar sonhos lúcidos. É sugerido manter um diário com os sonhos. Para lembrarmo-nos melhor dos sonhos, devemos permanecer na cama com os olhos fechados depois de acordar. Dizem-nos ainda que se colocarmo-nos nas posições de sono aumentamos a possibilidade de nos recordarmos dos sonhos.
Uma das técnicas mais conhecidas é a capacidade de ter sonhos lúcidos através da indução mnemónica. Basicamente esta técnica explica como desenvolvermos uma intenção objectiva enquanto entramos no estado de sono. O objectivo é que quando estivermos a sonhar nos lembremos de fazer alguma coisa e, automaticamente, sabermos que se o estamos a fazer é porque estamos a sonhar. Por exemplo, se durante o dia fizermos algumas coisas chave e sugerirmos que vamos também fazê-las nos sonhos, quando as fizermos podemos saber instantaneamente se estamos ou não a sonhar, uma vez que dependendo do mundo em que estamos o resultado é diferente. Entre elas, destacam-se as seguintes:
- contar os dedos da mão;
- olhar duas vezes seguidas para um relógio;
- abrir duas vezes o mesmo livro;
Como facilmente constactamos, se repetirmos essas actividades neste plano da manifestação o resultado é o mesmo, talvez - simplesmente - por serem planos em que a matéria é mais densa e, por conseguinte, de mais lenta mutação. Dizem-nos que se abrirmos o mesmo livro duas vezes seguidas no mundo onirico o conteudo do livro varia drásticamente.
Dias antes de ter o meu unico sonho lúcido reparei em dezenas destas coisas. Olhava para o horizonte e estava "de dia", voltava a olhar e estava "de noite". Olhava para o meu prato de comida e estava cheio, voltava a olhar e estava vazio e a própria mesa tinha mudado de forma; e por aí a diante...
Um elemento chave neste tipo de técnica é rever mentalmente o sonho mal tenhamos acordado. Podemos aproveitar esse facto para voltarmos a adormecer, com a recordação do sonho em mente, para aumentarmos a probabilidade de continuarmos a sonhá-lo.

Thursday, July 2, 2009

Introdução sobre sonhos lúcidos (2ª parte)



Como podemos ter sonhos lúcidos? Dizem-nos que o primeiro passo é convercermo-nos que os sonhos são importantes e que podemos aprender através deles.
De facto o mundo dos sonhos, mesmo quando não controlados, são um mar de experiências que podem ser tão válidas como as que temos nestes planos mais densos da manifestação. Se o nosso objectivo é recolher o resultado das experiencias e não a experiencia/acontecimento em si, o mundo dos sonhos pode ser um autêntico acelerador da nossa própria evolução caso consigamos induzir as experiencias que necessitamos; e é esse o segundo passo: a auto-sugestão.
A chave é a simples auto-sugestão associada à observação sistemática. É-nos dito que podemos auto induzirmo-nos a estados graduais de maior lucidez nos sonhos depositando as nossas intenções oniricas em frases ou em pensamentos que terão de ser repetidos quando nos prepararmos para dormir. Confesso que acho que é preciso mais do que isto. Para além da auto-sugestão é preciso haver alguma fé ou uma vontade superior. A unica vez que consegui ter um sonho lúcido, em que controlei-o até lançar uma OBE, deveu-se a uma vontade enorme em unir-me a outra pessoa no mundo onirico.
Estes exercicios de auto-sugestão fazem com que paulatinamente nos consigamos lembrar cada vez melhor dos nossos sonhos. Estou convencido que outra coisa que ajuda é, durante o dia, colocarmos a nossa consciência num processo de intenção de associarmo-nos ao mundo dos sonhos, por exemplo, tentando reviver os sonhos que tivemos na noite anterior. Aos poucos, começamos a sentir os sonhos cada vez mais presentes.
Outro exercicio que pode introduzir uma rotura enorme com a nossa concepção do real é dizermos para nós mesmos de forma intencional, quando vamos dormir, que - na verdade - vamos acordar. E quando acordamos pela manhã dizemos a nós mesmos - com sinceridade - que acabamos de adormecer. Passados alguns dias sentimos que a barreira entre os mundos é muito mais ténue do que imaginamos durante toda a nossa vida, e penso que é a partir daqui que podemos realmente encontrar uma técnica, ou misto de técnicas, que nos ajudarão a induzir sonhos lúcidos.

Wednesday, July 1, 2009

Introdução sobre sonhos lúcidos




Olá, vou dar inicio a uma exposição sobre sonhos lúcidos que basicamente sintetiza algumas pesquisas que fiz não há muito tempo.
Um sonho lúcido, por vezes denominado de sonho consciente, consiste num sonho em que o sonhador está consciente de que está a sonhar. Quando o sonhador está lúcido pode participar activamente no sonho manipulando-o com experiências imaginárias no ambiente do sonho.
Os sonhos lúcidos podem ser extremamente realistas dependendo unicamente do grau de consciencia do sonhador durante o sonho. Um dos aspectos importantes a ter em conta nos sonhos lúcidos é que o sonhador, ao aperceber-se que está a sonhar, deve controlar o entusiasmo e não acordar. Confesso que já aconteceu-me algumas vezes aperceber-me que estava a sonhar - dado o "surrealismo" do próprio ambiente - e acordar entusiasmado.
Para além de existirem técnicas que tentarei descrever mais adiante, existiram Escolas ao longo do tempo que dedicaram-se ao desenvolvimento da consciencia onirica. Os budistas tibetanos desenvolveram um tipo específico de Yoga denominado de Yoga dos Sonhos. Outra vertente conhecida é a meditação Dzogchen também conhecida pelo despertar Rigpa, contemplação ou presença. A presença durante o sonho está associada com a prática da Luz Natural Dzogchen. Esta prática leva aos sonhos lúcidos apenas como efeito secundário ao contrário do Yoga dos Sonhos que tem esse objectivo como primordial.
De acordo com os sábios budistas, os sonhos lúcidos ajudam a compreender a irrealidade da própria manifestação dos fenómenos. As pessoas que tornam-se conscientes que estão a sonhar adquirem um controlo enorme sobre si mesmas, fundindo o seu inconsciente com o seu consciente. Em rigor, levam a luz da consciencia a planos normalmente inconscientes.
Num futuro post irei descrever algumas técnicas para atingir sonhos lúcidos e, no final, descreverei uma experiência que eu próprio tive (se bem que já está publicada noutro blog).