Sunday, July 12, 2009

Crise: evoluir ou morrer



O que motivará a evolução? Será que tudo evoluiu progressivamente ou a evolução é motivada por momentos de crise? Será uma mistura de ambos? Deixo-vos um excerto do livro "Um Novo Mundo" de Eckhart Tolle.
"Crê-se que as formas de vida existentes no nosso planeta começaram a desenvolver-se no mar. Ainda não era possível encontrar animais em terra, já o mar fervilhava de vida. Chegou-se então a uma altura em que uma das criaturas marinhas deve ter começado a aventurar-se em terra. Talvez tenha rastejado primeiro alguns metros, cansando-se demasiado devido à atracção gravitacional do planeta, e tendo regressado à água, onde a gravidade é praticamente nula e onde era mais fácil viver. Este processo foi repetido vezes sem conta e, passado bastante tempo, a criatura conseguiu adaptar-se à vida em terra, desenvolvendo pés no lugar de barbatanas e pulmões em vez de guelras. Parece pouco provável uma espécie aventurar-se desta forma num ambiente desconhecido e sofrer uma transformação evolucionária, a não ser que se tenha sentido obrigada a fazê-lo devido a uma situação de crise. Pode ter sido resultado de uma vasta porção de mar que tenha diminuído ao longo de milhares de anos, forçando os peixes a deixar o seu habitat e a evoluir."

2 comments:

  1. Richard Hermeticum,

    Penso que a evolução é motivada por momentos de crise, ou especificamente pelo nome que dão, "stress evolutivo".
    Não posso dizer que tenha sido o primeiro pensador a debruçar-se sobre a necessidade de, se viver o momento presente ou, de se encontrar a verdadeira essência de cada um de nós.
    A maneira como, Eckhart Tolle, chega a todos nós é que é inovadora, as suas palavras são tão simples e conhecidas de todos nós, do nosso interior mais profundo, que entendemos como se existisse desde sempre.
    A humanidade tem ao seu alcance, de criar um mundo novo, mais evoluído espiritualmente.
    Acredito que as formas de vida no nosso planeta, tenham começado a desenvolver-se no mar.
    Esse período foi designado, como todos devemos saber, por era Arqueozóica.
    Como acima descrevi, a evolução teve o momento "crise/stress", devido a cataclismos e às mudanças climáticas.
    Todos os animais eram organismos marinhos e nenhum animal terrestre tinha ainda surgido, excepcionalmente, uns poucos tipos de vermes. Os períodos mais longos da evolução da vida marinha, é a idade dos peixes. Quando os mares atingiram o seu nível mais alto, um novo desenvolvimento aconteceu. Os primeiros animais terrestres apareceram, e muitas espécies desses animais tornaram-se capazes de viver na terra e na água. Esses anfíbios respiravam o ar, e transformaram as suas bexigas natatórias em pulmões.
    Houve também uma transição climática, essa idade foi de grande empobrecimento da vida. Milhares de espécies marinhas desapareceram, e a vida ainda mal se tinha estabelecida na Terra.
    Hoje estamos a observar que a importância biológica do mar, está a diminuir progressivamente e, um novo ciclo poderá estar a surgir.

    Um Abraço,
    Lumenamena

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  2. Olá Lumenamena :)
    Concordo com a totalidade do que escreveste e pouco ou nada tenho a acrescentar, por isso é que não escrevi nada mais cedo. Mas hoje lembrei-me de uma coisa.
    Sinceramente também estou mais do que convencido que em momentos de verdadeira crise ou evoluímos ou morremos. Mas, a forma como encaramos a crise é fundamental. Se a tentarmos negar, mesmo rendendo-nos ás evidências do que acontece, estamos condenados a sofrer com ela. Podemos sempre tentar usar aquele pensamento "deixa cá ver o que posso tenho de aprender com isto" que, embora seja uma atitude melhor do que a anterior, parece-me francamente redutora porque ainda estamos nitidamente a "trabalhar" para o ego.
    Se aceitarmos interiormente a crise, isto é, não criarmos barreiras psicológicas ao que existe e aceitarmos de coração, acontecem duas coisas: 1ª reunimos em nós a energia necessária para superá-la, não derrotando-a mas passando através dela. 2º despoletamos mecanismos de sincronicidade que automaticamente fornecem-nos o que mais necessitamos, embora possa não chegar pelo caminho que pensavamos.
    Para mim, embora mistérico, o processo de sincronicidade é uma realidade evidente desde que consigamos viver conectados à nossa consciência; e isso passa, logo no inicio, por deixarmos de ouvir o ego que está constantemente a queixar-se numa tentativa de aumentar a sua identidade com todo o tipo de circunstancias, sejam elas boas ou más.


    Um beijo,
    Richard

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