Monday, April 26, 2010

Tabula Smaragdina



"Na verdade, na verdade, sem dúvidas e incertezas:
O que está em baixo assemelha-se ao que está em cima, e o que está em cima ao que está em baixo, para realizar os prodígios do Uno.
E como todas as coisas emanam do Uno, da meditação do Uno, assim também as coisas nasceram desse Uno por adaptação.
O Sol é o pai, a Lua a mãe; o Vento transportou-os no seu ventre e a Terra é a sua ama.
Ele é o Pai de todas as maravilhas do mundo. É plena a sua força quando se converte em Terra.
Separa a Terra do Fogo e o subtil do imperfeito, docemente, com grande engenho.
Sobe da Terra ao Céu e daí regressa à Terra, e recebe a força das coisas superiores e inferiores. Assim obterás toda a clarividência do mundo, e toda a obscuridade se afastará de ti.
É a força de todas as forças, pois vence toda a subtileza e penetra toda a densidade.
Deste modo foi criado o Mundo.
Assim serão operadas admiráveis variações e adaptações, para as quais é aqui dado o meio.
E foi-me dado o nome de Hermes Trismegisto, porque possuo as três partes da sabedoria de todo o universo."


in Tabula Smaragdina ("Tábula de Esmeralda"), monumento fulcral da imaginação hermética

Saturday, April 24, 2010

O momento da morte



"A natureza da mente é tal que o pecador que se arrepende e pratica um acto de fé de um poder superior tem maior probabilidade de ter uma experiência visionária beatífica que o pilar da sociedade satisfeito consigo mesmo e as suas justas indignações, a ansiedade quanto às suas possessões e pretensões, os seus hábitos inveterados de acusar, desprezar e condenar. Daí a enorme importância atribuída ao estado de espírito no momento da morte em todas as grandes tradições religiosas."

Céu e Inferno, Aldous Huxley

Tuesday, April 13, 2010

Two Sides to Ego-Death



"Death, it seemed to me, was no escape at all, nor even the entry point into oblivion, but rather was the very process through which the whole cosmic drama could continue. The unrelenting, unboundaried Wonder and Horror and Mystery of it all - peering through me at me from all angles - made me tremble and want to totally disappear. It was so fucking inconceivably real, and I (and everything else) seemd so blatently dreamlike, so conspicuously unreal - had I ever really existed? Had anything?
And if manifest existence was but the Absolute "making an appearance" then what exactly was I? I did not dare pursue such question too closely - and yet I could find no significant distance from them - for I felt incapable of bearing their answer."


Tryptamine Palace, página 313, James Oroc